sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

 

Senhor Deus do Universo,
Por favor, me perdoe se, às vezes, me sinto tão pequena, tão desamparada. Isso é duvidar de Seu amor, de Seu amparo, de Seu cuidado, de Sua partícula que existe em mim. Esse sentimento me afasta de Você, pois me fragiliza, o que é um terreno fértil para as dúvidas e incertezas que corroem e enfraquecem, empalidecendo o vínculo sagrado que tenho com Você. Que eu me lembre, nessas horas, que “Eu e o Pai somos Um”.
Mas também, por favor, Pai Divino, me perdoe se, algumas vezes, me acho grande demais, permitindo que o orgulho e a vaidade sejam mais fortes do que a humildade e o serviço ao próximo que Seu Filho tanto pregou e dos quais foi o maior exemplo. Essa soberba também me afasta do que sou. Que eu me lembre, nessas horas, que, perante Você, somos todos iguais!
Peço ainda que me perdoe se, volta e meia, me pego a temer por mim e pelos meus. Isso é vacilar na fé que devo ter no plano divino que traçamos juntos; é não acreditar que tudo é para meu crescimento e aprendizado; e tudo está certo do jeito que está. Que eu me lembre, nessas horas, que “não cai uma folha sem Sua permissão”.
Assim seja! Assim já é!

 

Ontem abri as comportas. 
Águas banharam minha alma, saciaram meu coração qual aquela antiga canção.
A dor anônima pedia passagem. Sem que eu entendesse, ela encontrou a chave.
Como num moinho, minhas lágrimas me deram força, me levantaram do espinho.
Deixo-me desfazer para a água me refazer como preciso ser.
Tenho agora toda a forma da água, toda a força da água, todo o fogo da água.
E a metamorfose vira poesia que esfarela, sedimenta e sacia do romper ao findar daquele dia que com minha dor bulia.


 


Acreditar que tudo está certo do jeito que está não é conformismo; 
é confiança no próprio plano divino.
Confiar que tudo será da maneira que precisar ser não é comodismo; 
é fé na sabedoria do Universo.
Aceitar que você fez tudo o que era possível não é egoísmo; 
é autoperdão.
Entregar para a Divindade, que pode fazer mais e melhor, 
é acreditar, aceitar, confiar e agradecer!

 

E se experimentássemos um olhar novo...
- sobre nós mesmos?
Sem julgamentos, arrependimentos ou cobranças. Um ver-se com bondade, compreendendo que tudo o que fizemos foi o que era possível no momento. Reconhecendo e aceitando que fomos o que era possível ser. Isso é mais do que autoperdão: é descobrir que não há o que perdoar. Em mim, essa perspectiva – essa compreensão – abriu espaço para eu ser mais e melhor.
- sobre os outros?
Sem críticas ou exigências. Uma visão de irmão que abarca o outro e traz para o coração, que é de onde todo olhar deve partir. Isso é mais do que amar: é ser UM, pois não existe OUTRO. Em mim, esse entendimento – essa percepção – torna o caminhar mais leve.