E quando a felicidade chegar
e a paz reinar
o que de você será?
Saberá depor as armas,
poderá viver sem carmas,
enfim se acalmará?
Ou será que nem vai enxergar
e na guerra continuará
a moinhos de vento armar?
Sussurro-lhe, então, uma dica:
dentro de você, mora essa bendita!

 

Os agradecimentos, hoje, vão:
- para meus ancestrais, sábios ledores do mundo, de cuja combinação resultei; e para
- os livros, portas de saberes fecundos, para mundos que me atravessaram. Foram eles, os livros, que, de novo, me conceberam, receberam, ampararam e conduziram até aqui. 

O que fui se tornou também o que li.
Como canais divinos, eles me guiaram, nas intrincadas estradas da vida, por atalhos seguros, milagrosos, mesmo quando, muitas vezes, me sentia tão só e desamparada.
Também através dos livros, Deus fala comigo!

 

Tem o hábito de cortar caminho por dentro de minha casa o vento.
Ao conhecê-la, foi ele o apresentador, escondendo seu intento.
Ora com cerimônia, chapéu a se retorcer na mão, entra pela sala lento.
Ora sem vergonha, penetrando pelo quarto, percorre-a inteira, em lânguido movimento.
Vez por outra, se demora nas varandas, como a fazer ciúmes a ela, bulindo com as plantas sem tento.
Ontem vestiu as roupas do varal e a tirou para dançar, sem senso.
Hoje, com as cortinas, brincou de chicoteá-la na maior das poses, marrento.
Às vezes, só passa de passagem, o avarento!