terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sem freios


Espírito de meu corpo prisioneiro
escapava pelos olhos estradeiros
mas descobriu que para dentro não há freios

Desde então, brinca de ser nada com o tudo
num desvão muito mais que mudo
de meu corpo cada vez mais desnudo

Nunca mais na prisão
dos olhos ainda lança mão
mas é no interior sua amplidão.

Quando com mais ninguém
                                                           cresce para o céu e além

Liberdade de alma não nascida


Sou de grandes espaços
olhos que se perdem
alma que não nasce