Nestes
tempos, todos têm opiniões.
E,
pior, exigem posições!
Não
desejo ter bandeira, lado.
Quero
o futuro do passado.
Almejo
o barulho retumbante da paz
E todo
o bem que desejar me faz.
Clamo
pelo silêncio da esfuziante alegria,
Sorvendo
o sossego que isso me traria;
Anseio
pelo sono da eletrizante idolatria,
Saboreando
a exultação da letargia.
Não
desejo ter bandeira, lado.
Quero
o futuro do passado.
Também
estive nesta folia, não faz tempo.
Panfletei,
suei, me desnudei.
Acreditava
no movimento!
Tudo
tem seu momento...
De
andamento.
É chegada
minha hora
De
tardar nesta demora.
Meu
açodamento, agora,
É lento.
Esquecendo
o mundo
Que
encontrará o rumo
Dele
mesmo oriundo
Lá,
bem no fundo.
Não
desejo ter bandeira, lado.
Quero
o futuro do passado.