sexta-feira, 3 de maio de 2019

Olhos de ver


Como diz Francisco Azevedo (O arroz de palma):
“Tento entender minha aflição. Sim, porque só procuramos entender o que é ruim. O que é bom simplesmente vivemos sem mistérios. Se estamos com saúde, se realizamos um bom negócio, se é um bom filho, achamos que tem de ser assim e pronto. Os porquês só para o que nos desgraça e incomoda – questionários sem-fins. Para o que nos alegra não há perguntas, só belas exclamações – vida que segue e nem nos damos conta. Na felicidade tudo faz sentido. O universo torna-se simples e fácil como número de mágica que fascina.”

Então, a felicidade é o estado natural de todos nós. Somos seres em graça, graça divina. Por isso, não nos danos conta quando tudo vai bem; quando não estamos sentindo dor ou tristeza ou qualquer outro sofrimento. Não nos damos conta por que isso é o normal: seres de luz, na luz!
Se há infelicidade de qualquer tipo, é preciso mesmo olhar para ela, analisá-la, entender o que nos afastou de nosso estado natural de divindades. Que sombra é essa que precisa ser transmutada em luz, pois toda sombra se faz sentir por que é essencialmente luz e quer voltar a essa condição.
Que tenhamos todos “olhos de ver”!