segunda-feira, 13 de julho de 2020

Nina


8888888888 Minha declaração de 
xdddddddddddddddddddddddddddddssssssssssssssssssssss
sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ssssssssssssssssssssssssssssssd
amor vai para Nina. Que pediu para subir na mesa do computador e digitou o texto acima.
Não posso imaginar minha quarentena sem ela.
É com ela que converso. É com ela que troco amor, cuidado, carinho.
Outro dia, eu estava na cozinha; e ela, do outro lado do apartamento, em meu quarto. Muitas vezes, quando isso acontece, ela me chama e, quando apareço, ela sai correndo a se esconder. É uma delícia! Sei o que vai acontecer, mas morro de rir mesmo assim. Como nos programas de Vila Sésamo que assistia quando criança: sabia que o garçom ia derrubar a bandeja, mas, quando acontecia, ria a valer. Ela brinca de me chamar! Pois bem, nesse dia, a cena se repetiu, mas com uma variável: o chamado estava mais estridente e repetitivo. Fui sabendo que havia algo dada a urgência em sua voz.
Susto! O quarto estava sendo revirado por uma ventania que vinha do lado do Porto!
Meu apartamento tem duas “frentes”: meu quarto é voltado para o lado do Porto e os outros cômodos, para o lado do Maciço da Tijuca. Aquele vento acontecia somente em meu quarto. Incrível! Lutando contra a furiosa cortina que surrava tudo a sua volta, derrubando os mais fracos, fechei a porta da varanda.
Olhei, então, para uma Nina calmamente sentada no meio da cama a observar.
Eu - pasma! – não sabia o que dizer.
Ela – serena – já havia dito tudo.