segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 

Durante uma aula de Reiki Nível I, um aluno me perguntou:
_ Mestra, por que tem a frase Bem Te Vejo em tudo que você escreve?
Encantada com a deferência dele ao se dirigir a mim, agradeci pela gentileza e passei a explicar.
Primeiro, falei de afirmações positivas. Somos o que afirmamos ser, somos o que acreditamos ser, somos o que pensamos ser; enfim, somos o que criamos. Então, escolho já ver todos que me chegam como os seres saudáveis que essencialmente são.
Como filhos do Criador, somos divinos e originalmente saudáveis. Mas podemos, momentaneamente, estar doentes. Doença que nós mesmos criamos em nós.
Deveríamos, inclusive, pedir perdão a nosso corpo, pois ele era saudável e nós o adoecemos. Deveríamos pedir perdão a:
- nosso fígado, pois ele era saudável e o envenenamos com nossa raiva;
- nossos intestinos e rins, pois eles eram saudáveis e os envenenamos com nossa culpa, com nossas preocupações;
- nosso estômago, pois o envenenamos com nossa vergonha;
- nosso coração, pois o envenenamos com nosso pesar;
- nossos pulmões, pois os envenenamos com nossa tristeza;
- nossa garganta, pois a envenenamos com nossas mentiras;
- nossa mente, pois a envenenamos com nossa ilusão, com nosso apego à matéria.
Deveríamos, portanto, pedir perdão a todos os nossos órgãos. Eles eram saudáveis e nós os adoecemos com as toxinas produzidas por nossas emoções e sentimentos desequilibrados.
Então, BemTeVejo é uma afirmação positiva para nos fazer ver – tanto eu quanto você! – além da aparência, nos fazer ver com os olhos da alma.
Já vejo você bem, saudável e muito feliz. Pois assim você foi criado e este é seu destino de filho de Deus!


A maior luta que preciso lutar
é comigo e meu julgar,
meu condenar, meu castigar.
Se para dentro eu mergulhar e experimentar
amorosamente me olhar,
saberei me perdoar
e não mais me boicotar
e martirizar e chicotear.
Saberei, ainda, abandonar
o me vitimizar.
Tudo o que comigo há
me foi atraído por meu comportar,
por meu emanar.
Por mim, assim,
vou 100% me responsabilizar!
Esse é o verdadeiro curar,
a luta que vale lutar!

 

Subindo pelo abacateiro, chegava ao muro sobre o qual caminhava até a laje da caixa d'água para a qual me içava com um impulso grande do corpo pequeno. Dali, esgueirando sob fios elétricos e driblando canos, chegava ao paraíso: o telhado da casa ainda quentinho do sol que acabara de se pôr!
Deitava-me nas telhas mornas como quem está no colo da terra, tendo como coberta um céu que entrava por meus olhos - ou era eu que me dissolvia nele? -, enquanto se pintava de um azul cada vez mais escuro; me perdia.
E a primeira estrela me trazia de volta pra terra, me tornando de novo o corpo da criança que eu era 23 horas por dia.
Ah, vi meus pés crescerem sobre aquele muro.
Aquela uma hora do dia me salvava de mim!
Gratidão imensa a meus olhos!