Vazar de meus olhos, escorrer por meu rosto, molhar minha alma,
já não é mais assim.
A boca calada,
de braços atados e pés amarrados.
Liberdade cerceada.
A luz abafada,
sem voz, sem destino que não seja desatino.
Liberdade cortada.
As costas marcadas
de pele vergastada, no peito a cava.
Eu, só chagas.
Por 50 anos, doeu muito aquele nosso fim.
Mas, meu povo negro, eis minha redenção,
enfim.
Nada do que nos fizeram
Calou nossa alma
serafim!