quarta-feira, 29 de maio de 2019

Ventou de novo em mim


Hoje fui a Lisboa,
Assim sem querer
Nem perguntar por que.

O vento me levou.
Estive no porto sozinho
Onde o mar fez caminho.

Passei pela praça moinho
Saudosa de um bem
Conhecido desatino.

Levou-me o vento a palácios.
Lá encontrei abraços
Muitos ainda em laços.

De rotunda saudade
É feita aquela herdade,
Há longa, perpétua idade.

Deus em mim


Sei, agora, nunca estive só
Precisada sofrer a dor
Achei arcanjo benfeitor

Sim, sei agora, sim
Deus olha por mim

Sei, agora, jamais estive sozinha
Sendo provações meu destino
Anjos as suavizaram com mimos

Sim, sei agora, sim
Deus vela por mim

Sei, agora, nunca estive desamparada
Minha Mãe, que também é a de Deus,
Fez de meus infortúnios os Seus

Sim, sei agora, sim
Deus zela por mim

Sim, sei sim
Deus em mim

sábado, 18 de maio de 2019

Tudo ser


"Na primeira página, nascemos.
Num átimo, com você cresci,
seu joelho ralado senti.

Nossos olhos de primeiro amor
choraram o vazio da dor,
como o dente de leite que faltou.

Caímos e levantamos como
se não fosse nada,
juntos nessa junta estrada.

Engolindo choros
e desejando abraços,
em nós, um infinito espaço."

Sabe? Como esse aí,
há mundos a visitar;
lugares muitos,
sem sair do lugar.

Cada livro um infinito acessível
pelo imaginar,
pelo criar.

Posso ser qualquer um.
Até você,
se você deixar.

A estória contada
é senha compartilhada.
Abracadabra,
a vida descabelada.

Vou assim como pau de
enchente,
sendo, cada hora,
uma gente!

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Minha menina


Os anos têm me tornado
novamente menina
de olhar encantado

Volto a me pegar,
viajando mundo a fora
sem sair do lugar

Andava essa criança
perdida num eu adulto,
mas fez com ele uma aliança

Os olhos e o coração,
com a dele permissão,
a ela sempre pertencerão