terça-feira, 28 de novembro de 2017

O mundo que sou

Se me fosse permitido ir a 
Qualquer lugar do mundo,
Onde bem me aprouvesse,
Iria até mim, lá – sabe? –,
Lá no fundo,
Onde ninguém conhece,
Morada da alma,
Recanto profundo,
Onde faria uma prece.

Agradeceria por ter chegado,
E, devagar, olharia ao redor,
Perscrutando cada lado:
Veria essa eu menor,
Num todo já acabado,
Maior, muito maior.

Maior do que as dores da criação,
Superior aos males da terra,
Já que é iluminação,
E toda sombra desterra.
É o sabido Divino Clarão,
Diamante que em mim se encerra.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Perdão concedo a mim



Por fazer de você
Ecos do meu
Mal viver.

Perdão concedo a mim

Por sofrer e sofrer,
Em vez de amar
E querer.

Perdão concedo a mim

Por não o ver
Como um Divino Ser.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Sorrindo



Sorria e o mundo será seu.
Quando nada, podes
Intrigar o sisudo,
Aquele com cara de bode

Sorria e portas se abrirão.
Se não acontecer isso,
Terá, pelo menos,
Conservado o viço.

Sorria e receberá sorrisos.
Se assim não for,
Tudo bem, ao menos,
O seu mundo terá cor.

Sorria e o amor virá.
De uma forma ou de outra,
Seu sorriso sempre bastará
E será bom, muito bom,
Com ele poder contar.

Seja também você caçador
De sorrisos outros, tantos.
Sorrir é sua arma
De espantar desencantos.

Se eu tiver sorte,
Passarei por você
E meu sorriso
Ficará feliz em te ver.

Que nossos sorrisos, Oxalá,
Possam sempre se encontrar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Saída de mim




 Saindo de mim
Avistei o mundo
Meu lar bendito
Teto fecundo.

Saindo de mim,
Encontrei o outro
Um reflexo meu
Que não é pouco

Saindo de mim
Achei, afinal, você
Presente divino
Que custo a crer

Saindo de mim
Topei comigo
Voltando pra mim.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Descascada

Posso ser mais eu, agora
Despi a pele de princesa
Não há o que temer lá fora
Larguei o manto da soberba

Posso ser mais eu, enfim
Desvesti a coroa de rainha
Nada mais é tão ruim
A arrogância não era minha

Posso ser mais eu
Em todo meu apogeu
Já passou o que doeu

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Mãos de Maria



Se me tivessem dito
Que minhas mãos
Fariam algo bendito
Não acreditaria, não.

Mas eis que recebi
Essa graça divina
De com todos dividir
Uma energia cristalina.

Ser hoje reikiana
É estar a serviço
Da luz que ama
Distribuir o viço.

É tão natural agora
Doar essa energia,
Expandi-la mundo afora
Sempre, dia após dia.

Minhas mãos,
Divindade,
Suas agora são.