sábado, 8 de julho de 2017

Rubi







 Ante a vista lindamente corada,
Amendoeiras dançavam num vermelhecer,
Para uma cidade ricamente encarnada,
Com seus prédios ruborizados de prazer.
 
Folhas forravam de vermelhão a calçada,
E o cabelo ruivo de Iemanjá abençoava,
Em ondas cálidas de espuma acerejada,
O cenário que afogueado vermelhava.
 
A moça quedou-se encantada
Pela fímbria do rubro entardecer,
Pois tudo, ou muito mais que nada,
É belo, belíssimo ao anoitecer.
 
Em doces lavas de janeiro,
O sol derramou vermelho
Um adeus, não o derradeiro.