quarta-feira, 10 de junho de 2020

Sem temor


Que eu não tema o passar dos anos, mas minha falta de tempo para o que realmente importa.
Que eu não tema a solidão, mas a falta de estar comigo mesma e me sentir bem acompanhada.
Que eu não tema a pobreza, mas a escassez de amor.
Que eu não tema a dor, mas a falta de aprendizado com o sofrimento.
Que eu não tema a morte, mas a possibilidade de não viver esta vida na plenitude de meu ser divino.

Luz de mim


Além de estar dentro de casa, fui para dentro de mim.  Para tanto, 
fechei portas,
apaguei telas,
cerrei olhos,
calei mente,
emudeci... o ego.
E foi então que, visitando meandros, andando por mim, vi-me quase toda, passeando por mim. Espreitando recantos, passeando por mim, desnudei-me quase toda caminhando por mim. Levantando mantos, caminhando por mim, descobri-me quase inteira serpenteando por mim.
Ah, sim, sou o passeio, sou o caminho, sou o meio, sou o fim.
Finalmente, entendendo, abri defesas,
acendi estrelas,
descerrei vistas,
acessei cerne,
iluminei... o eu.
E lá encontrei o que tudo contém, o que tudo é, o que sempre foi, o que nunca deixará de ser.
Dessa forma me enxergando, posso ver o outro, o mundo, Deus, no recôndito ser meu.
Tudo sou eu!