terça-feira, 16 de abril de 2019

E agora?


Não sou mais triste,
a dor foi embora.
Sou livre! E agora?
_Voe qual ave canora!

A solidão se foi,
lamentável sua demora.
Sou amada! E agora?
_Aproveite. Não jogue fora!

Minha alegria as viu partir,
Com felicidade sonora.
Sou feliz! E agora?
_Agradeça. Seja alguém que ora!

A vidar


Quando venta, sou o vento,
passeando por todo lugar,
indo por aí a fora.



Sou o meneio do mar,
brisa que se demora.

Se chover, sou a chuva,
levando vida a cada ser,
numa abundância sonora.

Sou a fonte de prazer,
a cascata que namora.

Anoitece, e sou a noite,
amainando o furor,
adormeço toda dor.

De manhã, sou açoite,
renovado o eu vigor.

Sou a vida a vidar,
lá, aqui, acolá,
vivendo em todo lugar.