quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Cadê o sono


Vi, pouco a pouco,
Estrelas sumirem
Atrás do morro.

Senti, no corpo,
Brisa da madrugada,
Um frio oco.

Escondi, de medo,
Um tremor na alma,
Desde cedo.

Engoli, com dó,
Lágrimas teimosas,
Na garganta, um nó.

Revivi, nesta noite,
Dores não dormidas,
Verdadeiro açoite.

Sofri, até o fundo,
Tudo o que havia
Em meu mundo.

Sorri pra mim,
Era preciso
Esse fim.

E perguntei ao horizonte:
Cadê o sono, onde?