Como diz Francisco Azevedo (in O arroz de palma):
“Tento entender minha aflição.
Sim, porque só procuramos entender o que é ruim. O que é bom simplesmente
vivemos sem mistérios. Se estamos com saúde, se realizamos um bom negócio, se é
um bom filho, achamos que tem de ser assim e pronto. Os porquês só para o que
nos desgraça e incomoda – questionários sem-fins. Para o que nos alegra não há
perguntas, só belas exclamações – vida que segue e nem nos damos conta. Na
felicidade tudo faz sentido. O universo torna-se simples e fácil como número de
mágica que fascina.”
Então, penso que a felicidade é o
estado natural de todos nós. Somos seres em graça, graça divina. Por isso, não
nos danos conta quando tudo vai bem, quando não estamos sentindo dor ou
tristeza ou qualquer outro sofrimento. Não nos damos conta porque isso é o
normal: seres de luz, na luz!
Se há infelicidade de qualquer
tipo, é preciso mesmo olhar para ela, analisá-la, entender o que nos afastou de
nosso estado natural de divindades. Que sombra é essa que precisa ser
transmutada em luz?
Sim, sombra se faz sentir porque
é essencialmente luz e quer voltar a essa condição.
Que tenhamos todos “olhos de ver”
a luz das sombras!