segunda-feira, 21 de setembro de 2020


Sei agora o que sou: Não a imagem no espelho que minha vista distorce,
mas outra eu que dentro dela contorce.
Sei agora o que sou: Não o que os outros veem
reflexo da entorse,
mas outra eu que em si destorce.
Sei agora o que sou: Não o que pensava de mim
que a vaidade torce,
mas outra eu que esta retorce.
Sigo esperando expelir,
talvez na tosse,
esta outra eu
que de mim,
enfim,
tomará
posse.