domingo, 31 de dezembro de 2017

E para 2018...

Não é o Sim que leva você para frente. O Sim apenas ecoa o que você é. O Não, porém, lhe obriga a ser mais do que você vinha sendo, lhe mostra que você pode ser maior.
Não é o Igual que faz você crescer. O Igual apenas proporciona conforto e permanência.
É o Diferente que lhe apresenta novas perspectivas, novos ângulos, novas facetas. É com o Diverso que você cresce, amplia sua visão e ocupa espaços até então sequer imaginados, pois não havia aquele Outro olhar, aquele Outro ver, aquele Outro ser.
Desejo-lhe, pois, nesse 2018, que você encontre todos os Nãos, todos os Diversos, todos os Diferentes, todos os Outros dos quais necessita para se agigantar, para expandir sua alma, para ocupar o divino lugar que é seu.
Veja a diferença!
Sinta a diferença!
Ame a diferença!
Viva a diferença!

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Resolução de fim de ano



Em dezembro, além do ano,
Desejo igualmente findar
Aquilo que me causou dano:

Todas as mágoas guardadas;
Tudo aquilo que não sou;
Todas as mazelas carregadas;
Toda a raiva que transbordou.

Qualquer ressentimento guardado;
Qualquer arrependimento que ficou;
Qualquer consternação que trago;
Qualquer dor que em mim restou.

Para tanto, perdão concedo a mim
Peço-lhes, também, que me perdoem
Para que a paz do divino, assim,
Para sempre, em nossas almas, ecoe.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Neste Natal



Mais do que nunca, neste Natal,
Sinto-me transbordando de amor
Um amor viciante como cacau
O que fazer? Diga-me, por favor!

O amor travestiu-se em lágrimas
Tornou-se luz a jorrar das mãos
Habitou inúmeras longas páginas
Tudo, inteiramente, em vão.

Alô, psiu, ei, você!
Socorra-me este ano
O que pode fazer?
Aceite meu “eu te amo”


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal


 A chuva me encontrou comigo

Eu pensava em me deixar
Mas, bastando prá ela olhar,
Sua paz fez em mim abrigo

Abundantes gotas divinais
São as bênçãos tantas
Tanta e tanta a abastança
Que, nesta época, chove paz

Dilúvios de bendizer
Chove bem-aventurança
Dezembro de esperança
Nós, molhados de querer

Que as gotas natais
Virem tempestade
                                                                Mais, mais e mais.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Sem redes


                                                    
                                                     Espectadora de mim
Sou cada vez mais
A olhar para dentro,
Prá frente e prá trás.

Espectadora de mim
Sou cada vez mais
A mergulhar em meu fundo
Infinitos mananciais.

Espectadora de mim
Sou cada vez mais
A quedar em meu íntimo,
Espaço, espaço demais.

Espectadora de mim
Sou cada vez mais
A buscar em meu cerne
O fim de meus ais

Espectadora de mim
Até o inexistente fim

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O lugar



Buscando ser o que sou,
Vou me descascando,
Vou me desnudando e
Sombras revelando.

Querendo saber o que sei,
Vou me relembrando,
Vou me descobrindo e
O Divino encontrando.

Precisando sentir o que sinto,
Vou me entregando,
Vou me desfazendo e
O Amor achando.

Sou o lugar:
O de onde partir
E o aonde chegar.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Meu melhor

 Em você me vejo 
Espelho perfeito 
Versão melhorada 
De mim

Com você sou melhor 
Reflexo côncavo/convexo
Imagem preenchida 
Por mim

Sou inteira porque existo em você 
Sou completa porque você existe 
Em mim

terça-feira, 28 de novembro de 2017

O mundo que sou

Se me fosse permitido ir a 
Qualquer lugar do mundo,
Onde bem me aprouvesse,
Iria até mim, lá – sabe? –,
Lá no fundo,
Onde ninguém conhece,
Morada da alma,
Recanto profundo,
Onde faria uma prece.

Agradeceria por ter chegado,
E, devagar, olharia ao redor,
Perscrutando cada lado:
Veria essa eu menor,
Num todo já acabado,
Maior, muito maior.

Maior do que as dores da criação,
Superior aos males da terra,
Já que é iluminação,
E toda sombra desterra.
É o sabido Divino Clarão,
Diamante que em mim se encerra.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Perdão concedo a mim



Por fazer de você
Ecos do meu
Mal viver.

Perdão concedo a mim

Por sofrer e sofrer,
Em vez de amar
E querer.

Perdão concedo a mim

Por não o ver
Como um Divino Ser.