quarta-feira, 7 de julho de 2021

 

Perdoar não é compactuar ou esquecer.
Perdoar é se livrar do peso de julgar,
é se libertar do peso de condenar.
Nessa posição de juízes, somos autoprisioneiros.
Cumprimos autopena: tempo, energia, mágoas, ressentimentos, ódios.
Mas e se deixássemos com o outro o ônus de ser quem é,
de ter feito seja lá o que fez?
Assim pensando,
eu perdoo você e desejo que siga seu caminho em paz
e eu seguirei o meu caminho também em paz,
pois sem o peso de seu existir.

 

Partidas são recomeços
com caminhar enriquecido
(mesmo que de tropeços),
muito, muito mais rico.
Morrer
é num caleidoscópio
viver.

 

Do que será que,
mesmo nos sabendo seres livres,
ainda somos prisioneiros?