quarta-feira, 11 de novembro de 2020


Eu, assim como Nina,
- considero o céu e o chão igualmente interessantes: mundos mutantes a alimentar meus famintos olhos intrigantes;
- posso ficar um tempão fitando o horizonte: o lugar onde tudo é, onde se pode ser, o normal inconstante;
- mas também, contemplo atentamente tudo que meu olhar abarca: cada nuance única, nova, extraordinária continuamente;
- por isso, concedo um enorme interesse a cada mudança: novas maravilhosas e encantadas possibilidades, nuanças;
- o frio me ensimesma: mundo infinito de infinitas probabilidades em mim mesma;
- já o calor me distende: puxa-me de mim, para o inebriante e divino carrossel candente;
- pequenos e surpreendentes agrados me dão imensa felicidade: companheira siamesa de minha abissal tristeza;
- fico muito bem em casa: com o mundo que sou e o mundo que pelos olhos debruçados do 11° andar minha alma desbrava
- cuido de mim e do próximo com zelo igual: cuidar é meu instintivo mister final;
- prezo meu derredor: minha alma necessita de espaço para ser, não sabe somente em mim caber;
- alturas fazem bem a meu olhar: asas de minha alma a perscrutar paragens que pés não conseguem conquistar;
- alongo meu corpo, tomando de meu íntimo posse, ocupando espaços espirituais onde existir se pode;
- meu amor é infinito para aqueles que meu coração escolhe: transborda de minha alma para os mundos que meu olhar acolhe;
- a indiferença, pelo que não importa, é saudável condição de meu estar aqui: é assim que passo por este mundo sabendo que o melhor está por vir.
Nina, com você, aprendo a ser eu!