A me
receberem sentados
Nesta
casa, neste chão,
Por
vocês assentados.
Peço
licença para me aproximar.
Como
criança desejo deitar
A
cabeça neste colo milenar.
Aconchegada,
Ouço
sobre a chegada
Nestas
terras com quase nada.
Paragens
De
longas e tristes viagens, Destinos para os quais
Não
desejavam passagens
Mas
foi preciso a cabeça erguer
Nada
mais restava a fazer
E a
origem sem esquecer
Toca
de sobreviver
Para,
mais tarde, poder
– Quem sabe? –, vencer
Deste
chão
Foi
que se levantou
Toda
uma nação
De
um povo que se negou
A
ser só sofredor.
Da
realidade fez cantiga
Seus
requebros dançando
Sem
lamento nem fadiga
Camuflando
cada santo
Assim
foi que seu canto
Seduzindo
toda pedra
Gerou
esta nossa terra
Que
não sabe de guerra
Preferindo
a folgança
Realidade
de criança
Que
brinca de esperança