A vida é uma ponte. Nela você inicia seu plano divino confiantemente. Não
sabe qual é esse projeto, mas segue caminhando seguro sobre cobras e jacarés;
acima do medo; desconhecendo tristeza; ignorando dificuldades. Nessa etapa da
vida, você é invencível! Sua inocência e confiança são escudo. Nada pode
alterar seu rumo, porque você não acredita que isso seja possível. É viver e
viver tão somente!
Porém, após caminhar mais um trecho da ponte, pode ser que você comece a olhar para os lados; se dar conta dos riscos que estão sob seus pés
e, até mesmo, sobre sua cabeça. A partir deste momento, quando você passa a acreditar
em prováveis empecilhos, eles ganham força – sua força –, e o caminho já não é
mais tão seguro.
E tudo a seu redor, para você, passa a ser responsável
por seu destino, comanda seus passos, interfere em suas decisões. A ponte se
torna, então, um lugar tão inseguro que você pensa em pular dela. É melhor se
entregar logo ao perigo, do que atravessar toda a ponte transido de medo.
Quando se chega a esse estágio, acontecerá uma coisa
de duas: você pula da ponte ou retoma a confiança inicial, deixando de criar
e emprestar força a obstáculos.
Se a segunda tiver sido sua escolha, você estará no
caminho dos que passaram a ver.
Mas, se escolheu a primeira, a próxima ponte vai ser
mais difícil, pois você já começará com medo.
A eternidade é feita de pontes: cada vida, uma ponte.
Chegar ao final da vida de olhos abertos é o passaporte
para “um não mais precisar de pontes”.