quarta-feira, 6 de junho de 2018

A vida é uma ponte.



 A vida é uma ponte. Nela você inicia seu plano divino confiantemente. Não sabe qual é esse projeto, mas segue caminhando seguro sobre cobras e jacarés; acima do medo; desconhecendo tristeza; ignorando dificuldades. Nessa etapa da vida, você é invencível! Sua inocência e confiança são escudo. Nada pode alterar seu rumo, porque você não acredita que isso seja possível. É viver e viver tão somente!

Porém, após caminhar mais um trecho da ponte, pode ser que você comece a olhar para os lados; se dar conta dos riscos que estão sob seus pés e, até mesmo, sobre sua cabeça. A partir deste momento, quando você passa a acreditar em prováveis empecilhos, eles ganham força – sua força –, e o caminho já não é mais tão seguro.

E tudo a seu redor, para você, passa a ser responsável por seu destino, comanda seus passos, interfere em suas decisões. A ponte se torna, então, um lugar tão inseguro que você pensa em pular dela. É melhor se entregar logo ao perigo, do que atravessar toda a ponte transido de medo.

Quando se chega a esse estágio, acontecerá uma coisa de duas: você pula da ponte ou retoma a confiança inicial, deixando de criar e emprestar força a obstáculos.

Se a segunda tiver sido sua escolha, você estará no caminho dos que passaram a ver.

Mas, se escolheu a primeira, a próxima ponte vai ser mais difícil, pois você já começará com medo.

A eternidade é feita de pontes: cada vida, uma ponte.

Chegar ao final da vida de olhos abertos é o passaporte para “um não mais precisar de pontes”.