Onde não há eu

                                       No meu mundo interno

Cabem mundos sem fim

Encontro tudo de tudo

E me perco de mim.

 

É pra lá, então, que vou

Quedar no ego esquecido

Buscando sanidade e paz

Todas as vezes que preciso.

 

Foi assim antes, bem antes,

É também agora e durante

Será no infinito constante.

Gauche

Hoje me sinto frágil

Qualquer buuu me assustaria

Olhar erra não sei onde

A força de mim se esconde

Com gestos bailarinos

Faço o necessário

A garganta travam os nós

Sendo um sussurro a voz

Represa a me ameaçar

O choro quer vir

Sem tempo pra acabar

O que é real

Lembrar-me de que tudo passa
Consola, conforta meu coração
Nenhuma dor precisa ser eterna
Nada tem toda essa amplidão

É assim também que penso
Quando a alegria é intensa
E o corpo parece um balão
Cheio de felicidade imensa

Triunfo, medo, decepção,
Assim como a solidão,
Não valem grande atenção
Já que reais não são

O que é eterno, então,

Merecendo aplicação?

A divina conexão
Com o Deus da abolição