segunda-feira, 12 de abril de 2021

 

A moça de olhos arregalados sofre de excessos.
Por seus olhos entra tudo: 
o que deve e muito, muito mesmo, do que não deve entrar.
Porque ela não sabe os olhos fechar.
Eles têm vontade livre, vida independente, próprio pensar.
Ela veio sem boia de enchimento cessar.
Então, vive a transbordar.
Derrama-se pelos olhos, 
via de tudo que há.

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